data-filename="retriever" style="width: 100%;">Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, é extremamente complexo escrever sobre o que vai acontecer em nosso futuro e possíveis caminhos a serem percorridos. Mas, o que se pode afirmar com total segurança é que a saúde agora é a prioridade! Será que teremos um novo modelo de teoria e prática econômica?
Meus caros(as) leitore(a)s, vocês podem estar se perguntando por que escrever isso agora? Pois é, considero importante porque a economia impacta e muito na vida de todos de várias maneiras. E passada essa crise gravíssima, teremos consequências a curto, médio e longo prazo. Há o reconhecimento por diferentes personagens que estamos diante da pior crise econômica mundial e que muitas mudanças estão por acontecer.
No passado, tínhamos um debate teórico entre a teoria Keynesiana versus a monetarista. A teoria keynesiana tem como propósito maior gasto público com incentivo de políticas de ampliação de gastos do ponto de vista fiscal para incentivar a produção e a renda na sociedade. Já, a monetarista reporta a políticas de incentivo às práticas monetárias e financeiras e contrária ao aumento do gasto público, apenas com ações no plano das finanças. Por muito tempo, e até hoje esse debate ocorre de maneira a guiar as ações técnicas e políticas da área econômica. Atrelado a isso, reside também o debate ideológico se é melhor um Estado mais liberal ou social democrata.
Pois bem, dado à crise agora e a busca por uma solução para o enfrentamento deste momento crítico que estamos vivendo e a necessidade de priorização da saúde de todos, pergunta-se: qual o caminho que devemos seguir? Neste momento, certamente ainda não teremos uma resposta. Mas, é evidente que teremos a necessidade de encontrar um novo rumo para a economia frente esta nova realidade. Como a crise é global, com toda a certeza um novo modelo vai surgir, e esse poderá atender às necessidades desta nova configuração econômica.
Acredito que um equilíbrio entre as duas correntes será uma alternativa possível para traçarmos um novo percurso, com menos polarização e uma compreensão mais ampla deste fenômeno. Será primordial modificações passadas a grande crise. Lembrei-me da teoria de Nudge que explica isso muito bem, ou seja, um pouco de cada coisa para resolver a situação ou problema como um todo.
Portanto, de fato teremos que fazer um aumento de gasto público, bem como reforma no sistema monetário. E se observássemos o que os governos estão fazendo agora, é isso. Com a queda na produção que irá acontecer, teremos que promover renda. Há um debate mundial na ideia de criar uma renda mínima para todos para esse momento, através de um salário mínimo universal possa representar um pequeno gesto no sentido de tentar auxiliar aqueles que neste momento estão sem absolutamente nada. Enfim, estão surgindo várias ações que, ao analisá-las, de fato são uma mescla entre políticas de aumento do gasto público em conjunto com políticas monetárias. Veja o caso dos EUA, que está enviando um cheque (dinheiro) para cada cidadão americano como forma de minimizar os efeitos desta crise.
Dessa forma, veremos a partir de agora um debate enorme em busca pela solução para a recessão mundial. E precisamos disso. Teremos que encontrar um modelo dessa nova economia que surge neste momento. O equilíbrio é o caminho. Assim, temos que nos preocupar tanto com políticas de curto prazo, bem como de longo prazo. Estima-se que R$ 1 trilhão possam amenizar o processo de crise por aqui. Mas isso é só o começo. Enfim, mesmo na quarentena não podemos nos omitir em buscar respostas a essa crise, que de maneira diferente afetará todas as classes sociais, desde os que têm melhores condições até os que estão mais vulneráveis, demonstrando que estamos todos conectados e precisamos somar forças para superar estas dificuldades.